ANEF soltou dados sobre vendas a prazo no setor automotivo no ano passado
Recentemente a ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) divulgou dados sobre vendas a prazo no setor automotivo. Em 2023, foram liberados R$ 212,8 bilhões de reais, 9% a mais que o ano passado. Com isso, o saldo total da carteira de veículos aumentou ainda mais, 11,5%, atingindo R$ 417,5 bilhões
O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) é o grande destaque, sendo quase unânime, com 415 bilhões de reais em veículos financiados. O Leasing atingiu 2,5 bilhões. “A queda na taxa de juros e, principalmente as campanhas de incentivo com taxas atrativas realizadas pelas montadoras, ajudaram a compor esse resultado”, afirma Paulo Noman, presidente da ANEF.
Pagamentos
A inadimplência acima de 90 dias apresentou uma leve diminuição, cerca de 0,1%, para pessoa física, ficando em 5,6% para o total de recursos livres, e para pessoa jurídica permaneceu praticamente estável em 3,5%.
Em 2023, o total de veículos de passeio e comerciais leves financiados chegou a 40%, se aproximando do patamar de 2021, que foi de 46%. Com isso, as compras à vista diminuíram de 64%, em 2022, para 55% no ano passado. O Consórcio cresceu em participação um ponto percentual, chegando a 5%. “A redução das vendas à vista também é um reflexo da queda da taxa de juros, que atualmente está em 11,25%”, diz Noman.
No setor de caminhões e ônibus, as vendas financiadas aumentaram a participação de 37%, em 2022, para 41%, em 2023. O Finame também cresceu de 29% para 31%. Já as vendas à vista caíram de 29% para 23% e o consórcio manteve-se estável em 5%.
Para 2024, Paulo Noman se mostra otimista com a frequente queda na taxa de juros e o Marco Legal das Garantias, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro do ano passado, que determina que um mesmo bem possa ser usado como garantia em mais de um pedido de crédito.
“Com o Marco Legal das Garantias, as empresas terão mais segurança para conceder crédito no Brasil. Da mesma forma, taxas de juros mais baixas, economia estável e PIB positivo fazem com que o consumidor se sinta mais confiante em financiar um carro”, conclui o presidente da ANEF.
Fonte: Frota&Cia / Imagem: Divulgação Frota&Cia